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Na teoria, o cação deveria ser um nome para a carne de tubarão, mas nem sempre é o que acontece.
Em um estudo, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) avaliou a procedência de 63 amostras de cação de barcos pesqueiros do sul do país. Ao final da análise, os estudiosos descobriram que as carnes analisadas correspondiam a 20 espécies diferentes de peixes.
O mais chocante para os pesquisadores era que alguns "cações" não eram nem mesmo peixes cartilagionosos, eram apenas uma peça aleatória de peixe sendo vendida como cação. Além disso, a pesquisa também mostrou que das 20 espécies encontradas, 40% estão sofrendo com o risco de extinção.
O consumo de carne de cação já preocupava a comunidade ambientalista anteriormente, afinal, peixes cartilaginosos tem boa parte da sua família em risco de extinção, mas a preocupação aumentou. Isso porque não são apenas o tubarão martelo ou a raia-viola que estão sendo caçados de forma irresponsável, mas várias outras espécies de fora da família dos elasmobrânquios.
Especialistas culpam essa prática pela falta de informação e de regulamentação por parte do poder público.
Se a população tivesse conhecimento sobre quais espécies fazem parte da denominação "cação", talvez houvesse uma redução considerável do produto na indústria pesqueira.
E porque não devemos comer Cação???
A produção de cação é cruel e traz desequilibrio para a natureza. Além da morte de espécies ameaçadas de extinção, essa pesca pode estar interferindo na balança de ecossistemas essenciais para a sobrevivência humana.
Algumas espécies de elasmobrânquios tem um processo longo de reprodução, que é impactado negativamente pela caça. Muitas vezes, quando se tem uma alta demanda por qualquer tipo de cação, a pesca aumenta, e as espécies sofrem, pois o número de animais mortos pode ser maior do que de nascimento de possíveis filhotes, o que aumenta o risco de extinção.
De forma simples, a quantidade de elasmobrânquios não é suficiente para existir uma pesca equilibrada. Para além disso, a falta desses animais nos ecossistemas pod significar desequilibrio na cadeia alimentar, já que não existirão mais predadores para as presasm e muitas populações animais poderão enfrentar a superpopulação e escassez de comida.
Riscos à saúde
Outro fator que deve ser levado em consideração na hora de comprar o cação é que a carne desses animais, principalmente de tubarões, são cheias de metais pesados como Mercúrio e Arsênio que fazem mal à saúde.
Os tubarões estão no topo da cadeia alimentar aquática, logo, eles se alimentam de presas que tem acúmulo de outros alimentos. Essa escada de animais, que vão se alimentando um do outro, vai acumulando metais pesados nos organismos, e consequentemente, a espécie no fim da cadeia alimentar vai ter a maior concentração de substancias tóxicas. Esse processo é conhecido como biomagnificação.
Mulheres grávidas, lactantes e crianças devem ter uma atenção ainda maior no consumo de cação, pois além da possibilidade de contaminar o feto, a ingestão dos metais pesados gera danos ao sistema cardiovascular e compromete a formação do sistema nervoso infantil, afetando o desenvolvimento neurológico e a capacidade de aprendizado.
Os principais sintomas da contaminação são: dor de cabeça, tremores, visão reduzida, perda de memória e cansaço. Sinais que, se identificados, devem ser avaliados por profissionais médicos para a realização do tratamento correto.
Para evitar os malefícios à saúde, prefira consumir peixes pequenos que se alimentam de plantas.
Por isso, você precisa evitar o consumo desse tipo de carne. A presença de metaius pesados no corpo humano pode causar problemas como doenças neurológicas, tipo Alzheimer e o mal de Parkinson. Sem contar que, ao parar de comer cação, você também para de contribuir com a indústria da crueldade animal.
Regulamentação:
Alguns ambientalistas e especialistas em biologia marinha acreditam que para tentar evitar os impactos nocivos do consumo do cação é preciso ficar de olho mas vendas do alimento. Ou seja, é preciso regulamentação sobre como deve funcionar o mercado da carne, quais são os componentes necessários para garantir que ela possa ser vendida e o mais importante é a denominação de qual espécie está sendo oferecida como cação.
Só assim o poder público teria controle do que está sendo comercializado, e aí poderia buscar formas de combater a pesca ilegal, a caça e a extinção de espécies que são importantes para o ecossistema.
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